Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2008

Pensamentos...pouco precisos!

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." Fernando Pessoa Quem sou eu para contrariar este homem? Mas, apetece-me tanto colocar um "só" ali mesmo a seguir ao " não está" e um "também" antes de "na intensidade"!!! Sou eu que não quero que o intenso seja efémero, nem que os momentos inesquecíveis o sejam por me desaparecerem por entre os dedos, de forma inexplicável. Vendo bem, o meu "só" e o meu "também", desvalorizariam a beleza do discurso; torná-lo-iam vulgar. Alguém que escreveu "versos num papel que está no seu pensamento", não usa expressões como as minhas. Usa as mais belas! Porque tudo à sua volta "é escrita, tudo é sentimento". E reparem agora: "Baste a quem baste o que lhe basta; O bastante de lhe bastar! A vida é breve, a alma é vasta; Ter é tard

Muros...

Muros de quem existe, que cercam a sobrevivência; Janelas ínfimas em instantes que cegam a clarividência.Tudo parece plausível, humano, conforto atroz; como o sol, estrela cegante quando nasce, vivo...ofegante. Muros de quem existe e continua existindo, teima no nada e continua ainda...sorrindo.

Melhor letra 1...

Asas sevem para voar para sonhar ou para planar Visitar espreitar espiar Mil casas do ar As asas não se vão cortar Asas são para combater Num lugar infinito para respirar o ar As asas são para proteger te pintar Não te esquecer Visitar espreitar-te bem alto do ar Só quando quiseres pousar da paixão que te roer É um amor que vês nascer sem prazo, idade de acabar Não há leis para te prender aconteça o que acontecer.

Às vezes...

Procuro serenidade na minha vida poluída com o ar saudável do nada. Não me reconheço porque não me encontro em qualquer lugar esperado. O que quero não existe ou se existe esconde-se e não o consegui ver. Nem ontem nem hoje. Não espero, não sonho... vislumbro, incrédula, a capacidade humana da loucura...

Sem retorno mas com possibilidades...

Convidar-vos-ia a percorrer comigo o caminho que leva de volta à infância. À infância daqueles, que tal como eu, nasceram na década de sessenta. Busquemos as primeiras recordações. Por mais que procure, não encontro qualquer imagem do dia em que pela primeira vez fui à escola. Não sei quem me acompanhou, não sei me senti feliz, ou se pelo contrário, desejei sair a correr... Sei sim, que nos dias a que a esse se seguiram, eu não fiquei em casa. Semana após semana, mês após mês... E aquela, tornou-se a minha escola. Lá aprendi a juntar as primeiras letras, as vogais, e descobri que ao combiná-las com outras, as consoantes, ia formando assim, palavras. E aprendi a ler – as frases, a princípio curtas, sem contexto, que tantos sorrisos de satisfação, por certo, provocaram... Os colegas tornaram-se amigos que até hoje guardo na memória e no coração. As zangas e episódios afins são hoje histórias que tornam divertidos os momentos de encontro. Lembro-me muito bem da minha Professora e de como

Por onde quero...

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) E cruzo os braços, E nunca vou por ali... A minha glória é esta: Criar desumanidade! Não acompanhar ninguém. - Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei o ventre a minha mãe Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos... Se ao que busco saber nenhum de vós responde Por que me repetis: "vem por aqui!"? Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí... Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada. Como, pois sereis vós Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem Para eu derrubar os meus obstáculos?... Corre, nas vossas veias, sangue velho